Mesa ao Vivo - Parte 1

          É eu sei disse que ia escrever no dia mesmo ou no fim de semana, mas preferi usar o meu tempo livre pra ficar no ócio mesmo, porque o evento foi beeeem mais corrido do que eu imaginava, e sim eu fiquei mais de um mês sem escrever porque tentei escrever esse post por 3 dias no trabalho mas simplesmente não rendia, tinha que trabalhar né haha dai me irritei e deixei certo que iria só escrever quando voltasse a trabalhar só no turno da noite, que foi semana passada, e também tava tão estressado e cansado que tava sem vontade mesmo, mas agora que eu to trabalhando só de noite vou conseguir escrever melhor, eu até to acordando cedo pra correr '-' bom agora voltando ao mesa

          Acordei com um pouco de antecedência pra conhecer o pessoal do Senac, porque o Lucas trabalha lá e eu ainda não conhecia todo mundo, só alguns que foram numa festa com a gente há um tempo atrás, depois que fui apresentado ao pessoal fui pra a área dos expositores tinha várias coisas de produtores locais, geleias, pães, azeite de oliva, suco natural, massas, chocolates, cachaças, tinha um vinagre de cana de açúcar e até pizza congelada,senti que aquela área não era pra venda imediata mas para parcerias futuras com empresários e tal, achei legal mas quem queria conhecer os produtos tinha dificuldade porque eram 2 pessoas por stand e tinha gente perguntando tudo nos mínimos detalhes e no fim como era corrido o tempo livre que a gente tinha não deu pra conhecer tudo, tinha também um lance de colecionar os carimbos de cada stand numa cartela, e quando completasse colocava na urna e concorria a uma sacola de brindes, tinha bastante gente desesperada pelos carimbos, mas como eu sou o mais azarado em rifas e sorteios e bingo e essas coisas nem me preocupei, bem triste mas verdade hahahaha, fiquei bobeando olhando as coisas e quando olhei a hora tive que subir correndo pro 9º andar que era onde ficava o auditório e onde seriam todas as palestras.


        O tema deste ano era "Heranças de Família" e quem fez a abertura do evento foi o Chef Mamadou Séne, que é natural de Dakar no Senegal, se formou na França em gastronomia, e trabalhou numa rede de hotéis famosa no Senegal, e foi lá que conheceu o embaixador do Brasil, Cabral de Melo, e por meio dele veio para o Brasil em 1979, mas antes de se estabelecer em Porto Alegre, em 1983, passou por São Paulo, Guarujá e Minas se não me engano, hoje em dia, faz jantares em casa, dá consultoria para restaurantes e dá aula no Senac.


Parece que ele tava segurando pra eu tirar a foto
mas na verdade ele tava tirando o prato pra
fazerem a foto da revista haha consegui
no último segundo \o/

 Como o tema tinha tudo a ver com a memória afetiva, aquela lembrança da comida da vó que só de pensar a gente já sente o cheiro sabe? ele escolheu fazer um Mafê Beye que é basicamente uma carne de cordeiro com molho vermelho que leva pasta de amendoim que normalmente é servido com arroz branco ou cuscuz, que no Senegal é fresco e não seco como é aqui, não sei exatamente a diferença mas o modo de preparo é diferente, mas o Mafê em si é preparado como um molho vermelho normal, mas é acrescentado cenoura, pasta de amendoim (sem açúcar) e canela, combinação bem diferente mas pelo cheiro parecia bem bom (não deu pra a gente provar porque era muita gente no auditório), ele disse que é um prato bem típico do Senegal e que a vó dele sempre fazia, e um costume que eles tem lá é sempre guardar um prato de comida caso alguém apareça porque é falta de respeito não ter algo pra comer caso alguma visita chegue de surpresa, outra coisa que ele falou foi que eles comem com as mãos, mas somente a mão direita e é desrespeito encostar os dedos nos lábios, meus colegas que são do Senegal me disseram que a mão esquerda não é usada para comer porque é usada para limpar a bunda hahahaha outras informações que ele deu sobre a terra natal dele é que o Senegal é um dos maiores produtores de amendoim do mundo e que além do plantio para alimentação, que é feito nos meses de chuva maio a setembro, é também muito usado para produtos de beleza.








Depois da palestra eu tinha um intervalo de 1h, do meio dia às 13h, para dar uma explorada, fui dar uma conhecida nos food trucks, não quis perder meu tempo nas filas que estavam enormes porque eu já ia comer na oficina que tinha as 13h e no fim fui conhecer os stands mas acabei só provando o azeite de oliva, os sucos naturais, cometi o erro de provar uma geleia de uva com cebola roxa, que na tava salgada mas deu pra rir hahaha e antes de subir provei umas três cachaças, tomei um copinho atras do outro e fiquei meio tonto porque não tomei café da manhã, não sou de comer de manhã, só se acordo muito cedo o que é bem difícil hahahaha me fui pra oficina que ia ser dada pelo Chef Alexandre Reolon, que é de origem turca fez um fígado de galinha com melado de romã e homus, não sou muito fã de figado mas tava bom, não tava super cozido que nem a gente normalmente encontra nos lugares que dá aquela textura farelenta sabe? mas faltou tempero porque eu não acho um corte saboroso e só sal pra mim não deu conta do recado hahaha e o homus tava bom mas sinceramente o que eu fazia no Mamut eu achava melhor, com mais tahine e mais temperado.



As 14h teve a palestra com o Geovane Carneiro, foi basicamente sobre o aproveitamento dos produtos que a gente usa na cozinha, que se a gente pensar bem dá pra usar tudo de alguma forma, por ele trabalhar no DOM e ser o braço direito do Alex Atala eu acho que estava esperando muito da palestra, foi OK mas nada de mais sabe? ele é bem quieto e foi meio monótono pra falar a verdade, usa produtos bem típicos brasileiros, como é de costume no DOM mas sei lá, não me impressionou muito xD 


Peguei a foto do google porque a luz tava ruim
e meu celular com luz baixa a resolução fica
horrível demaaais.
Depois desci correndo pro 4º andar pro workshop de mixologia com o Marcelo Serrano, ele fez formação e trabalhou em Londres e é bem renomado nessa área, o que ele passou foi de beber com os olhos, de pensar mais fora do comum na hora de servir os drinks, mas pensar também no operacional, para baixar o custo, mas focar na apresentação e no conceito da bebida que se está servindo, ele fez 3 drinks pra nós, o primeiro foi o Negroni envelhecido no barril de carvalho, esse que ele levou ficou por 6 semanas, eu não curtia Negroni mas esse gostei bastante, não faço ideia do porquê hahaha outro foi o Pineapple Cocktail, que foi servido num copo de bronze em formato de abacaxi, bem diferente e bem bonito, e o outro foi a releitura dele do Moscow Mule, usou espuma de gengibre ao invés de ginger ale porque não se tinha no Brasil o refrigerante ou cerveja de gengibre, e a espuma que ele fez no sifão era tão cremosa que dava pra ver o reflexo do telão e ler na espuma ainda hahaha e o segredo pra essa cremosidade é clara de ovo, as proporções eu não sei, e até eu ter uma sifão não vou saber hahahaha.






As 16h era pra eu ir na palestra da Helena Rizzo mas por algum motivo não apareceu nas minhas inscrições dai tinha uma fila enorme de quem ia entrar depois de 10 minutos, dai eu ia entrar na metade quase, preferi não ir e ir provar umas cervejas lá no quarto andar, tomei várias cervejas e me fui pra fila do último evento da noite que era uma entrevista com o Luís Fernando Veríssimo e a mulher dele, em comemoração aos 10 anos de Veríssimo Bar em SP, e fazendo tapas estava o Marcos Livi e os drinks ficaram com o Marcelo Serrano, que foi praticamente a mesma coisa que ele fez no workshop, pra falar a verdade não prestei muita atenção no que o Marcos Livi tava fazendo, prestei mais atenção na entrevista que foi feita pela Sara Bodowsky do Roteiro da Sara, falaram de restaurantes de Porto Alegre que marcaram eles, falaram principalmente do Floresta Negra que era do Fredolino Schirmer e sua mulher que cozinhava a Christa, restaurante conhecido pela culinária alemã e pela rispidez do dono, não é da minha época mas meu pai disse que foi no restaurante e lembra que a primeira vez que foi lá comeu uma sobremesa flambada, faziam toda uma cerimônia na mesa e meu pai disse que achou um máximo na época pois nunca tinha visto nada igual em nenhum restaurante, na época ele era criança e o restaurante era bem famoso lá pelos anos 70, 80, mas pela década de 90 ele fechou, pelo que eles falaram lá depois que seu Fredolino morreu a mulher dele tocou o restaurante 3 meses sozinha mas depois veio a fechar, outro lugar que eles falaram era do frango assado da Hilda ali na Cristovão, nunca tinha ouvido falar...Foi muito legal a entrevista, bem descontraída com muita risada e brincadeira, Luis Fernando disse que o prato preferido dele é arroz com ovo (com gema mole claro haha) e dona Lucia disse que não trocava um bom feijão, ou sanduíche aberto, que pelo que eu me lembre era moda quando eu era pequeno, mas hoje em dia não se acha nos restaurantes, e pra Luis Fernando Veríssimo a salsinha é a definição de supérfluo hahahaha eu sou suspeito porque adoro salsinha XD teve também uma apresentação do filho dele Pedro Veríssimo, que eu não sabia mas canta muito bem, cantou Blue Moon, e uma música francesa que eu não sei o nome, a entrevista terminou as 19h20 por aí e me fui pro quarto andar pra ir no melhor das cidades, que era uma degustação de várias coisas, doces e salgadas, mas na real não gostei muito porque o pessoal tava muito desesperado pra pegar tudo e comer e eu que queria saber melhor sobre o que eu tava comendo não deu muito certo, no fim comi umas 3 coisas só uma massa com molho e carne, bem boa, e um sanduíche de focaccia que tava trééé bom, na volta pelo corredor das cervejas comprei uma APA básica de fui pra casa descansar porque tava podre...







Bom ficou muito grande o post já então logo menos escrevo o outro sobre o segundo dia e não vai demorar 1 mês dessa vez hahahaha  

PS.: Minhas fotos estão horríveis porque ainda não comprei minha câmera e meu Iphone 4S não dá conta do recado então desculpa =D


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